quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Turismo rural: contato com a natureza e experiências únicas no Alentejo

 


Para quem não conhece o conceito, o turismo rural vai muito além de ser um tipo de viagem campestre: ele tem a intenção de colocar as pessoas em contato com a natureza por meio de experiências autênticas e tradicionais do local. E isso, o Alentejo tem de sobra! A maior região de Portugal é um importante destino deste segmento e possui uma variada oferta de propriedades com muito verde e sossego, localizadas bem longe de grandes cidades.

Muito diferentes de redes de hotéis e resorts, essas opções de hospedagem alojam poucas pessoas por vez, garantindo acolhimento, tranquilidade e a deliciosa experiência de sentir-se em casa, mesmo em outro continente. Apesar de serem excelentes lugares para a prática do ócio prazeroso, não há nada de tedioso. Longe do trabalho, dos estudos e das obrigações, é maravilhoso deixar de lado o celular e junto com ele as preocupações, e simplesmente aproveitar o sol, o som dos pássaros, um bom livro ou um momento de descanso absoluto.


No entanto, essas não são as únicas opções. No Montimerso SkyScape Country House, localizado em Monsaraz, há uma deliciosa piscina com vista para o lago Alqueva para curtir no verão. Entre as experiências, os hóspedes podem percorrer as trilhas da propriedade para contemplar as paisagens ou até mesmo observar as estrelas. O hotel tem condições ideias para a prática, pois está situado dentro da Reserva Darksky® Alqueva, o primeiro Starlight Tourism Destination do mundo.

Já a Herdade do Vau, às margens do rio Guadiana, investe no conceito biochic, unindo simplicidade elegante com sustentabilidade e equilíbrio ambiental. Posicionado entre três destinos históricos do Alentejo – Beja, Serpa e Mértola –, a propriedade também é produtora de ótimos vinhos e conta com belas vinhas que a rodeiam.

Ainda próximo a Beja está o Vila Galé Clube de Campo, onde é possível sobrevoar os campos em um passeio de balão. Há também safáris de jipe, canoagem e piqueniques com cestas recheadas de gostosuras, para admirar a paisagem enquanto degusta os sabores típicos do Alentejo.

Bem perto do litoral praticamente intocado do Alentejo, em São Teotónio, o hotel Pé do Monte proporciona aos hóspedes a tranquilidade do campo com a proximidade de belas praias, como Zambujeira do Mar e Carvalhal. A propriedade foi completamente renovada, mas manteve o encanto natural de uma casa típica alentejana. Cada quarto conta com um terraço com cadeiras confortáveis que convidam a apreciar o sossego e curtir a vida ao seu ritmo. Há ainda aulas de surfe, passeios a cavalo e caminhadas para ver de perto as belezas da Rota Vicentina.

Este tipo de segmento, muito forte no Alentejo, ainda demonstra a aposta da região no turismo responsável e na preocupação com a sustentabilidade e a sua economia circular. E esta é uma forte tendência para as próximas viagens: a busca por destinos sustentáveis e que visam as boas práticas no setor de viagens, a fim de minimizar o seu impacto ambiental.

Além de todas as possibilidades oferecidas pelos hotéis e herdades do Alentejo, vale lembrar que também é possível explorar as atrações turísticas da região, que incluem patrimônios históricos e naturais impressionantes.



 

Sobre o Alentejo

Considerado o destino mais genuíno de Portugal, o Alentejo é a maior região do país. Privilegiando um lifestyle tranquilo em que a experiência de viver bem dá o tom, conta com belas praias intocadas e cidades repletas de atrações ímpares, como castelos e monumentos históricos. Detentor de cinco títulos da UNESCO e diversos outros prêmios e reconhecimentos internacionais no setor do turismo, o Alentejo oferece opções para todos os tipos de viajantes, sejam famílias, casais em lua de mel ou aventureiros. A promoção turística internacional do Alentejo é co-financiada pelo Alentejo 2020, Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Para mais informações, visite www.turismodoalentejo.com.br.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Praga é eleita a cidade mais bonita do mundo



 Está na Time Out. Com 27 mil votos, Praga venceu Nova York, Paris e Chicago e ficou na primeira posição na eleição da cidade mais bonita do mundo. “Se a beleza está entre os seus motivos para planejar uma viagem, Praga deve estar no topo da sua lista”, diz a revista.


E não se levou em conta somente a beleza da arquitetura, com locais únicos como a Ponte Carlos ou o Relógio Astronômico. Quem votou considerou também outros aspectos como as vistas deslumbrantes do Parque Letná, os passeios tranquilos ao longo do rio Moldava e a beleza de lugares inesperados como o recém-descoberto Speculum Alchemiae - um laboratório alquímico do século 16 totalmente intacto, uma verdadeira ode à magia em pleno coração da cidade.

Por fim, como não poderia deixar de ser, a boa vida também contou na votação. E aqui a cidade marcou pontos com as inúmeras oportunidades que oferece para relaxar, tomar um café e absorver a adorável atmosfera que faz parte da própria natureza de Praga.

    

Visite www.destinotchequia.com para mais histórias, dicas, recomendações e surpresas.
 

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Viajar ganha novo significado no pós-pandemia

 Adonai Aires de Arruda Filho*

 

Adonai Aires de Arruda Filho é diretor da Serra Verde Express, da BWT Operadora e da pousada Caraguatá
Créditos: BWT Operadora

“Viajar! Perder países! / Ser outro constantemente, / Por a alma não ter raízes / De viver de ver somente!”, bradava Fernando Pessoa em um de seus poemas mais conhecidos, escrito em 1933. Quase cem anos mais tarde, os versos do poeta se renovam em um espírito aventureiro que parece ser compartilhado por tantos de nós, depois de tantos meses impossibilitados de ver muito além dos metros quadrados de nossas próprias casas e apartamentos.

Uma série de estudos feitos em todo o mundo têm demonstrado que, conforme a vacinação avança, as pessoas começam a olhar novamente para além de suas esquinas. Isso se traduz em uma nova onda de buscas por passagens, hospedagens e passeios. Mas se engana quem pensa que tudo será como antes, porque as viagens pós-pandemia devem servir a propósitos muito mais profundos e duradouros que simplesmente “perder países”. Pesquisas nos Estados Unidos revelaram que ficar perto da família é a prioridade para a maioria dos entrevistados: 32% mencionam esse tipo de viagem como o mais importante.

Os efeitos de mais de um ano de conexões majoritariamente virtuais serão os propulsores de viagens à procura do afeto e do acolhimento humanos. Durante esse tempo, fomos capazes de compreender a importância da socialização para nossa saúde mental. Agora, prestes a ficarmos livres do necessário distanciamento social, procuraremos experiências que nos permitam fortalecer laços com aqueles que amamos.

Enquanto o Google registrou 131% de aumento nas buscas por viagens solitárias entre 2016 e 2019, neste momento, a tendência é outra. Estar perto, compartilhar risadas, paisagens e refeições, aproveitar a companhia de amigos e familiares podem parecer objetivos singelos, mas adquiriram um imenso significado para quem tem sentido o impacto da solidão na rotina do dia a dia, antes tão cheia de rostos e vozes.

Sentir-se só é um fardo ainda mais pesado para um povo como o brasileiro, acostumado aos apertos de mãos, beijos no rosto e abraços espontâneos. E essa não é uma observação empírica ou hipotética, mas uma estatística devidamente mensurada. O Instituto Ipsos ouviu mais de 23 mil pessoas em 28 países e descobriu que, no Brasil, metade das pessoas afirmam ter sentido solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre” ao longo da pandemia.

A procura por novas experiências que permitam esticar as pernas e expandir a mente - de preferência acompanhado - é, então, uma fagulha de esperança para muitos. Há, atualmente, uma atmosfera que é, ao mesmo tempo, de suspensão e expectativa. Mesmo com a vacinação a passos lentos no país, a demanda por viagens já começa a apresentar tendência de alta, até mesmo no Google Trends. O mesmo aconteceu no fim de 2020, quando o número de casos estava mais baixo e a Covid-19 parecia dar uma trégua, o que gerou um pico de pesquisas pelo termo “pacote de viagem”. Isso significa que estamos só aguardando condições seguras para nos lançarmos a jornadas de descobertas e coletividade.

Com o fim da pandemia, nossa necessidade de convivência pode nos levar por agradáveis caminhos rumo à reconexão com o próximo. Excursões em grupo, por exemplo, podem estar no horizonte de muitos de nós como uma forma de dividir essa maravilhosa sensação de estarmos novamente no mundo. Tomaremos pelas mãos quem nos é caro e os levaremos para ver e experimentar tudo aquilo de que fomos privados pelo vírus. Fomos todos transformados pelo trauma e pelos inúmeros sacrifícios que precisaram ser feitos em 2020 e 2021.

Não há como descolar nosso futuro dessas vivências que foram, em maior ou menor grau, dolorosas para todos. São justamente elas, portanto, que nos levarão a um novo estágio do nosso aprendizado enquanto seres sociais e ávidos por explorar novas fronteiras físicas e metafóricas. Vacina no braço, será hora de, descobrindo novos destinos e possibilidades, lado a lado com quem nos fez tanta falta durante esses tempos, reencontrarmos aqueles que somos de verdade.

 

*Adonai Aires de Arruda Filho é diretor da Serra Verde Express, da BWT Operadora, da pousada Caraguatá, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (Abottc) e também diretor do Curitiba Região e Litoral Convention & Visitors Bureau (CCVB), entidade que presidiu por dois mandatos.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Produtores esperam aumento de vendas de flores com retorno dos eventos presenciais


Expectativa é um aumento de 2% a 5% no âmbito das floriculturas
Créditos: Olga Jaqueline Los Kassies


Campos estão preparados para atender demanda da retomada gradual de casamentos e comemorações programados para este ano

Após meses de muitos desafios, a produtora de flores Olga Jaqueline Los Kassies começa a acreditar no aumento das vendas. Como sua produção em Castrolanda, colônia holandesa localizada em Castro (PR), atende grande parte do mercado atacadista, principalmente de regiões do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e, eventualmente, o consumidor final e floriculturas, ela conta que foi muito atingida pela pandemia da covid-19. “Assim como ocorreu na grande maioria do comércio, a produção das flores também sofreu um grande impacto. Levando em consideração que todos os eventos foram cancelados, como consequência, as vendas caíram proporcionalmente”, relembra como foi em 2020. 

Com o avanço da vacinação contra a covid-19, eventos e festas estão retornando gradativamente. Com isso, a esperança de que as vendas aumentem é grande. “Agora que os eventos começam a ser realizados, já estamos numa situação melhor e nos preparando para garantir boas vendas daqui pra frente. Muitos dos que foram cancelados ao longo dos últimos meses ainda estão programados para acontecer”, comenta Olga. Para ela, que vende gipsofila, conhecida popularmente como mosquitinho, boca-de-leão e o lisianthus, o ano de 2020 foi marcado pela reinvenção para a produção não parar. “Percebemos que, na pandemia, as pessoas usaram as flores como forma de demonstrar carinho pelo próximo e, também, de trazer vida para dentro de casa. Aproveitamos o momento e nos reinventamos, disponibilizando flores com preços bem acessíveis nos supermercados e em postos de combustíveis, no sistema de self service”. 

Mercado

A perseverança de Olga faz com que hoje ela possa colher as flores com a expectativa voltada para frente. “Acreditamos que, num futuro próspero, conseguiremos colocar nossos produtos de volta no mercado e realizar o sonho adiado de muitas pessoas”, assegura. A produtora de flores é uma das mais de 200 mil pessoas que são beneficiadas com empregos diretos no ramo de floricultura. Segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), mais de 800 mil empregos indiretos também são gerados pelo setor. 

A expectativa de um crescimento na área foi divulgada no começo do ano pela Ibraflor. Prevê-se um aumento de 2% a 5% no âmbito das floriculturas. Sendo que em 2020, apesar da pandemia do coronavírus, houve um aumento no faturamento de 10%. A área de ornamentação que inclui floricultura, decoração, paisagismo e auto serviço gerou mais de nove bilhões de reais. Os setores que tiveram a maior receita foram o de decoração (com 30%) e paisagismo (com 20%). Já os prejuízos maiores de 2020, tanto nas vendas no atacado quanto no varejo, foram com flores e folhagem de corte. 

Ornamentação gerou mais de nove bilhões de reais em 2020
Créditos: LucasHenriqueLos


Novas oportunidades no turismo local

Já de olho no futuro, o empresário Lucas Henrique Los viu uma oportunidade de unir sua paixão pelo turismo local com o plantio de flores. Durante a pandemia, ele decidiu cultivar lavandas inglesas e francesas em um campo. “A lavanda francesa é mais vendida como buquê e vendemos bastante no Dia das Mães, por encomenda. Já a lavanda inglesa, usamos para fazer produtos artesanais”, explica. 

Lucas iniciou a plantação num local também propício para a realização de piqueniques, pois ele percebeu que havia uma grande procura por esse tipo de espaço na região. O projeto tem previsão de início das operações a partir de janeiro de 2022, em Carambeí (PR),  com um conceito holandês. O Het Dorp Vilarejo Holandês terá comércio de lavandas e queijos artesanais. “Estamos com grande expectativa no pós-pandemia, porque acreditamos que as pessoas vão buscar mais pelo turismo local. Inclusive, muitas já entraram em contato com a gente para visitas, mesmo sem estarmos abertos, ainda. Então, estamos com excelentes perspectivas de receber muitos visitantes”, afirma Lucas Los. 

Para a conselheira da Associação Cultural Brasil-Holanda (ACBH), Janet Bosch, a resiliência e a dedicação dos produtores fazem com que a esperança no que está por vir seja positiva. “Com o turismo local e as comemorações retornando, todos podem gerar maior receita e aumentar a produção. Além disso, as flores também são um atrativo para o turismo local”, finaliza. 

terça-feira, 13 de abril de 2021

Uruguai convida Mato Grosso do Sul para uma viagem por sua gastronomia



 

O Chivito é tão famoso no Uruguai, que o sanduiche ganhou sua própria semana anualmente, a data pode variar. Quase todos os restaurantes do país adotam em seus cardápios uma receita própria. Histórias contam que o delicioso sanduiche uruguaio nasceu em Punta Del Leste, num antigo restaurante chamado “El Mejillón”, foi Antonio Carbonaro, proprietário do famoso local, quem inventou o primeiro chivito, em 31 de dezembro de 1944.

 

Um turista argentino adentrou ao restaurante numa noite pedindo carne de cabra ou bode (chivo). Apesar de não servirem esse tipo de carne, Carbonaro para não perder o cliente, preparou um sanduíche de pão torrado com manteiga, presunto e um bife fino, meio raro. Apelidou o prato de chivito (ou “cabrito”). Hoje em dia, é um dos pratos favoritos do Uruguai, e milhares de chivitos são vendidos todos os dias, com as mais variadas formas de preparo.

 



 

Socorro uma cidade a ser visitada

 


 

Visitar plantações de café e conhecer o processo de produção da cachaça artesanal estão entre os passeios possíveis 

 

Mesmo sendo conhecida como a “cidade da aventura”, uma das raízes da estância turística de Socorro, localizada na Serra da Mantiqueira, são as muitas atividades rurais oferecidas pelos seus estabelecimentos locais. O turista tem a oportunidade de viajar pela história da produção do café brasileiro ao visitar fazendas e plantações, acompanhar a fabricação de produtos campesinos e realizar típicas tarefas rurais, como ordenha de animais e colheita de frutas. 

 

O Empório do Cristo, localizado no Mirante do Cristo Redentor, é um dos locais onde é possível encontrar produtos fabricados nas propriedades rurais de Socorro, como geleias, compotas, cachaça, bolos, pães, licores e café. Essas deliciosas iguarias interioranas também estão à venda no Horto Municipal, onde são expostas todos os finais de semana pelo núcleo de turismo rural. Nele, os visitantes também têm a oportunidade de participar de atividades educativas relacionadas ao plantio de espécies nativas da região. 

 

Os restaurantes da cidade também são pontos de parada obrigatórios para quem deseja provar uma refeição com pratos típicos da culinária caipira. O Rancho Pompeia e o Sabores do Curupira, por exemplo, proporcionam uma imersão completa no mundo rural com os seus almoços agendados. O primeiro oferece também o tradicional café caipira, com pães caseiros, queijos frescos, bolos, frutas, geleias, além de passeios a cavalo para toda a família. Já o segundo oferece cafés da tarde e uma degustação de seus deliciosos e variados produtos.

 

Socorro ainda conta com marcas próprias de bebidas, como o Café 7 Senhoras, as cachaças do Alambique Pioneira e as cervejas artesanais da Quinta do Malte, sem contar a grande variedade de marcas de cerveja encontradas na cervejaria Ecobier. Os turistas mais curiosos podem conhecer os locais onde estes produtos são fabricados através dos roteiros do Roda Socorro, que garante o transporte pelos mais diversos atrativos turísticos da cidade. O roteiro “Santo Mé”, além do visual espetacular em meio às montanhas no Caminho Turístico do Rio do Peixe, permite uma visita a uma cachaçaria local, com degustação de até cinco sabores de cachaças e compotas. Já o “Pioneira” inclui uma visita ao local onde é realizado o processo de produção da cachaça artesanal, seguida de uma degustação de todos os produtos gratuitamente, e ao Empório Nova Vida, onde é possível adquirir os produtos orgânicos da cidade.

 

Para mais informações sobre o turismo rural na cidade de Socorro, acesse www.socorro.tur.br. 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

O)PINIÃO:: Perspectivas do turismo pós-pandemia


 

Por Fabio Pontes*

 

Esperar com paciência, agir com rapidez. O antigo provérbio chinês sintetiza o desafiador cenário que se apresenta em 2020, com a evolução da pandemia da Covid-19. O acachapante enfraquecimento da economia mundial face à quarentena produz o extrato já aguardado no cenário do turismo brasileiro, que aponta para um recuo na casa dos 40% em seu faturamento, segundo mais recente estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre o setor, que gerou R$ 270 bilhões em 2019.

 

Brotas, que tem a segunda maior fonte de arrecadação na atividade turística, vive dias de expectativa. Panorama muito diferente de 2018, ano em que apresentou crescimento duas vezes maior que a média mundial no segmento e arrecadou R$ 1 milhão em ISS – Imposto Sobre Serviço Turístico.

 

Esmorecer por conta da pandemia e seus reflexos, no entanto, está fora de questão. Brotas é, irrefutavelmente, exemplo no conjunto de ações que desenvolve – e que traz resultados imediatos – para superar este infausto capítulo na história da humanidade.

 

Feitos estes que são produto da atuação sinérgica entre o empresariado e o setor público. A força-tarefa estabelecida pela gestão municipal, por exemplo, dá transparência e estimula a população a cumprir a todas as recomendações para evitar o contágio.

 

Enquanto o abrandamento do isolamento social tem diversos desdobramentos regionais, as iniciativas direcionadas ao planejamento do futuro pós-pandemia na estância turística tomam forma. A principal delas, inédita no Brasil, é o protocolo sanitário voltado especificamente para as atividades de aventura. Estruturado pela força-tarefa de enfrentamento à Covid-19 em Brotas, o conjunto de normas traz segurança aos colaboradores e aos clientes de empresas que oferecem atrativos como rafting, boia cross e tirolesa. Orientação, higienização e distância segura são os três pilares deste tratado pela saúde, muito bem recebido pelos empresários do setor e sua força de trabalho.

 

Confiantes na retomada forte do setor, aguardada ainda para este ano, no último trimestre, a cadeia de serviços de Brotas e a administração pública enxergam dois comportamentos que o turista deve adotar nas suas primeiras viagens e que estão perfeitamente alinhados às realidades de quem visita a cidade: 1) deslocamentos curtos, via terrestre; 2) necessidade de contato com a natureza.

 

Deslocamentos de carro continuarão a ser a opção mais viável na próxima fase, conforme já é recomendado por autoridades de saúde. Os caminhos que levam a Brotas estão entre as rodovias mais seguras conforme ranking da CNT – Confederação Nacional de Transportes. A principal delas, a SP 225 – Engenheiro Paulo Nilo Romano, é a terceira melhor do Brasil, no levantamento publicado em 2019, isso sem mencionar as belas paisagens e cuestas que o motorista já contempla enquanto se aproxima do seu destino. O carro, aliás, segundo pesquisa feita em 2018, é o meio de transporte para 90% dos visitantes da cidade.

 

A busca pela natureza, além da comodidade em deslocamentos rápidos de quem vem da Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Bauru, São Carlos e Araçatuba, ocorre em recortes diferentes. A necessidade de descanso, tranquilidade e de contemplar a natureza é o que atrai 48% dos turistas em Brotas. A outra metade procura as atividades de aventura. Todos eles encontram, no final, as belezas naturais das serras, nascentes, vales e uma concentração de cachoeiras com quedas dos mais diversos formatos.

 

Brotas está preparada, à espera de seus visitantes. Em breve, terá outra novidade, um guia virtual que poderá ser acessado por dispositivos móveis para que o turista tenha toda informação na palma da mão para aproveitar ao máximo a sua estada. A capital nacional do turismo de aventura irá superar esta fase com todo o potencial para oferecer uma experiência inesquecível aos visitantes.

 

*Fabio Pontes é secretário de Turismo de Brotas