Podemos definir uma agência de viagens como uma empresa privada que trabalha como intermediária entre seus clientes e determinados prestadores de serviços turísticos, ou seja, empresas aéreas, hotéis, empresas marítimas, tendo como atividade fim vender produtos e serviços relacionados com essas viagens, mas com um diferencial atrativo para seus clientes, fazendo tudo se tornar mais fácil e agradavel.
Dentro desta concepção o Agente de Viagens é aquele que exerce uma função dentro da agência de viagem, sendo incumbido de esclarecer aos interessados tudo sobre viagens comerciais, turismo, roteiros especificos, congressos, informando aos interessados tudo o que é pertinente para a satisfação do cliente. Uma das agências de viagens mais antiga é a Britânica Cox & Kings, criada em 1758 quando foi organizada uma excurção para transportar pessoas para um congresso.
As agências de viagem se desenvolveram em meados de 1920 com o desenvolvimento da aviação comercial. Aqui no Brasil surgiram no início do seculo XX com a comercialização das passagens marítimas e passagens férreas. Tem-se notícia que a primeira agência no Brasil foi criada no Rio de Janeiro pela famíilia Cinelli em 1901, e em São Paulo, a Casa Aliança em 1911. Diante do surgimento das empresas, naturalmente surgiu a Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV, criada no ano de 1953, com o fim de representar os interesses destas empresas e difundir o turismo em nosso país.
Podemos definir as agências de viagens como as emissivas que atuam com o turismo emissivo, emitindo passagens para várias partes do território nacional ou internacional, podendo atuar também como receptiva. A agência receptiva atua no mercado interno e/ou externo, dependendo da região, recepcionando turistas que vêm de várias partes do território nacional ou internacional. As agências consolidadoras fornecem às agências, tanto pequenas como médias, os preços e voos de diversas companhias aéreas credenciadas e as Agências Escola que geralmente estão localizadas nas faculdades com o objetivo formar alunos para trabalhar na área de turismo. Estes agentes de viagens na maioria estão registradas na Associação Internacional de Transportes Aéreos, IATA, que por sua vez, são registrados, no caso do Brasil, no Ministerio do Turismo.
Não sendo diferente dos outros segmentos da economia de nosso país, com a chegada da internet mudou o cenário das agências. Neste compasso, as empresas aéreas começaram a comercializar suas passagens diretamente aos seus clientes com o intuito de aumentar suas vendas e consequentemente deixaram de comissionar os agentes de viagens pelas vendas. Neste aspecto é muito importante deixar claro a importância das agências de viagens ou dos agentes de viagens, pois, para leigos na área, a informação vinda de pessoas ou empresas que se dedicam a matéria passam aos viajantes toda a informação e segurança necessária, o que na maioria das vezes não se consegue ao adquirir bilhetes através da internet.
As agencias de viagens têm cada vez mais investido nos seus sites disponibilizando roteiros turísticos, viagens de negócios, congressos, sempre com objetivo de prestar informação aos seus clientes. Sabemos que através de uma consulta on line podemos comparar preços de passagens, aluguel de automóveis, mas é bom lembrar que o serviço prestado pelos agentes de viagens é de suma importância, trata-se de uma consulta como se fosse um médico. A tranquilidade passada pelas agências de viagens lhe permitirá desfrutar de sua viagem sem o transtorno de estar preocupado em reservas, horários, etc.
Quando tratamos de nossa viagem através de uma agência de viagem, sabemos da responsabilidade que esta tem, principalmente quando fundamentada no nosso Código de Defesa do Consumidor e Legislação Civil. Esta responsabilidade da agência de viagem podemos comprovar com as respostas de reservas imediatas, atendimento pessoal eficaz, diferentemente de quando realizamos compra on line. Acredito que toda pessoa que pretenda viajar, seja a negócios ou a passeio, deve consultar o site da ABAV para obter informações para evitar transtornos futuros.
*** Artigo escrito por Fernando Piffer, advogado do escritório Fernando Quercia Advogados Associados.