quarta-feira, 6 de junho de 2012

Em busca da certificação ambiental

Praias e marinas brasileiras investem em ações sustentáveis para ganhar reconhecimento internacional e atrair turistas O Brasil está mais uma vez na disputa para entrar no seleto grupo de praias certificadas no mundo. Seis praias e marinas do Rio de Janeiro e de São Paulo estão sendo avaliadas para receber ou renovar a certificação internacional do Programa Bandeira Azul, iniciativa que conta com a participação de 46 países. A praia do Tombo, no Guarujá (SP), quer manter hasteada a bandeira azul, conquistada no ano passado. No Rio de Janeiro, as candidatas são a Prainha e a praia de Itaúna, em Saquarema. Entre as marinas, todas as de Angra dos Reis estão na disputa. A de Costabella busca a renovação e a de Verolme e a de Piratas querem a inclusão no rol de 3.849 praias e marinas certificadas do mundo. “O programa chegou ao Brasil em 2006 e vem crescendo de forma sólida e consistente. Este ano, comemora 25 anos de realizações e credibilidade”, ressalta a coordenadora do Programa Bandeira Azul no Brasil, Leana Bernardi, do Instituto Ambiental Ratones. Segundo ela, a ação tem como objetivo elevar o grau de conscientização da sociedade para a necessidade de se proteger o ambiente marinho e costeiro. Para a concessão do selo socioambiental são estabelecidos para as praias 29 critérios, tais como: educação e informação ambiental; qualidade da água de banho; gestão ambiental; segurança e serviços. Os resultados das avaliações nas praias e marinas nacionais serão divulgados em novembro deste ano. O Programa Bandeira Azul é desenvolvido pela Organização Não-Governamental Internacional Fundação para a Educação Ambiental (FEE) e tem o Ministério do Turismo como integrante do júri nacional.

Evento mobiliza segmento náutico em São Paulo



Promovido pela Abremar, Cruise Day promove encontro de profissionais e empresários do setor de cruzeiros marítimos


Brasília (DF) - O Brasil é o quinto maior mercado mundial de cruzeiros marítimos. O número de passageiros transportados cresceu 500% nos últimos sete anos. É neste cenário que a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) promove nesta terça-feira (5) o Cruise Day 2012. O evento deverá reunir, em São Paulo (SP), 1,5 mil agentes de viagens e organizadores de eventos que atuam no segmento de turismo náutico.
“Os agentes de viagens, o setor de cruzeiros marítimos e o turismo no Brasil" é o tema desta edição do Cruise Day. O encontro é realizado anualmente, desde 2006, com o objetivo de capacitar, apresentar dados, novidades do setor e divulgar a temporada de cruzeiros operados no Brasil e exterior. Pela manhã, será realizado resumo IV Fórum Abremar, no qual serão debatidas questões relacionadas ao segmento de viagens de navio.
“Nosso setor é um excelente gerador de renda e emprego para as economias regionais. Na última temporada, os gastos produzidos pelos armadores e cruzeiristas no território brasileiro alcançaram R$ 1,4 bilhão”, afirma o presidente da Abremar, Ricardo Amaral, em artigo de divulgação do evento. Segundo ele, o mercado brasileiro só é superado em número de passageiros por Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Itália.
A temporada 2004-2005 transportou 139,4 mil cruzeiristas, distribuídos em seis navios. Os números das viagens realizadas no período 2010/11 foram recordes, chegando a 792 passageiros transportados em 20 navios. Agora, a Abremar está fechando os números da temporada 2011/12, que terminou no mês passado.

Relaxar e aprender a preservar


Grandes centros urbanos colocam lado a lado diversão saudável e educação ambiental

Brasília (DF) - Não é preciso percorrer grandes distâncias para experimentar e sentir a diversidade ambiental brasileira. Muitas capitais do país possuem parques e museus ecológicos, jardins botânicos e zoológicos, entre outros atrativos que revelam nossa diversidade natural. O contato de adultos e crianças com estas experiências, além de uma opção saudável de entretenimento, promove consciência e educação ambiental.
         
O visitante do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ) pode conhecer uma grande variedade de espécies da flora brasileira e de outras regiões do mundo. “Atualmente, temos em cultivo cerca de 14.400 plantas de 2.500 espécies diferentes”, conta Thaís Hidalgo de Almeida, técnica da Coordenadoria de Coleções Vivas do instituto. A trilha que atravessa um recorte preservado de mata atlântica leva o turista ao orquidário, bromeliário, cactário, às plantas medicinais, carnívoras e ao jardim sensorial. Neste último, é possível vendar os olhos e experimentar sensações por meio do tato e olfato. Em 2011, o Jardim Botânico do Rio recebeu cerca de 600 mil visitantes.

No centro de Belém (PA), o Parque Zoobotânico é uma das atrações do Museu Paraense Emílio Goeldi. Cerca de 200 mil visitantes por ano vão ao local para apreciar as várias espécies da região amazônica. Açaí, cupuaçu, guaraná, jambu, seringueira, dentre outras, são representantes da flora. A fauna fica por conta da ariranha, onça-pintada, peixe-boi e o macaco coatá de testa branca, todos ameaçados de extinção. Há, ainda, 25 espécies de aves e 15 espécies de répteis, além de peixes raros. O parque também desenvolve ações didáticas voltadas à educação ambiental e recebe 35 mil alunos por ano.

O Jardim Botânico de Curitiba (PR) esbanja beleza com seus jardins geométricos e sua estufa de três abóbodas, cartão-postal da cidade. Ele abriga plantas características da floresta atlântica brasileira e ainda possui trilhas em bosque de araucárias, lago e quadras esportivas. Dentro do jardim, o Museu Botânico Municipal possui um herbário com 310 mil plantas, o maior em número de gêneros e famílias de plantas no Brasil. Em 2011, cerca de 1 milhão de turistas visitaram o  local.

Patrícia Cichoski Parodi, servidora do Ministério do Turismo (Coordenação-Geral de Regionalização) e que já morou na capital paranaense, adora sentar-se nos jardins em estilo francês no fim de tarde. Sente que as energias se renovam, porque leva o ser humano a refletir sobre a preservação da natureza como condição indispensável à vida.

“O Espaço Cultural Frans Krajcberg me marcou por mostrar obras feitas de troncos de árvores queimadas ou derrubadas de forma ilegal. É um excelente local para refletir sobre o nosso meio ambiente”, diz Patrícia.